segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sindicatos votam hoje acordo que pode encerrar greve dos bancos

Comando de greve e Fenaban fecharam acordo na sexta-feira.
Acordo prevê reajuste de 9% sobre salários e de 12% no piso.

Bancários em greve fizeram protesto em frente à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, nesta sexta (14), onde a presidente Dilma Rousseff participava de evento (Foto: Wesley Santos/AE)
Os sindicatos dos bancários em todo o país devem realizar assembleias nesta segunda-feira (17), para votar pela aprovação ou não do acordo que pode encerrar a greve da categoria, que teve início em 27 de setembro.
A proposta a ser votada foi fechada na última sexta pela Federação Nacional de Bancos (Fenaban) e pelos representantes do Comando Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
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Segundo Carlos Cordeiro, presidente da Contraf e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, os sindicatos foram orientados a aceitar a proposta. Se o acordo for aprovado pela maioria dos cerca de 140 sindicatos da categoria, os bancários retornam ao trabalho na terça-feira (18).
Em Curitiba, o sindicato dos bancários já aprovou a proposta no domingo, e as agências devem reabrir nesta segunda-feira.
A Fenaban apresentou proposta de 9% de reajuste sobre salários, retroativos a 1º de setembro, e 12% de reajuste no piso da categoria, que passa de R$ 1.250 para R$ 1.400 para a função de escriturário.
Também houve avanço na discussão sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A partir de agora, cada trabalhador poderá receber até 2,2 salários mais R$ 2.800 por ano (contra 2,2 salários mais R$ 2.400).
Histórico
Os bancários entraram em greve no dia 27 de setembro, por tempo indeterminado, após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida no dia 23. A proposta patronal contemplava reajuste de 8% sobre os salários, o que representava aumento real de 0,56%, segundo a Contraf. A reivindicação inicial da categoria era de 12,8% de reajuste, sendo 5% de aumento real.
Na quinta-feira, 9.254 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados ficaram fechados em todo o país, segundo balanço da Contraf. O número equivale a 46,1% dos 20.073 estabelecimentos do país.

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