Em 2012, seis acidentes com escalpelamentos foram registrados no estado.
Instalação gratuita da cobertura de eixos de motores começa no dia 28.
Sem cobertura do eixo do motor, passageiros podem ter couro cabeludo arrancado durante viagens em embarcações fabricadas artesanalmente no Pará (Foto: Glauce Monteiro)
De 28 de maio a 1º de junho um mutirão busca diminuir os casos de escalpelamento no Pará. A ação pretende cobrir eixos de motores de embarcações artesanais na Feira do Açai, no mercado do Ver-o-peso, em Belém. A iniciativa é da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental e da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). No dia 28, a partir das 5h, um trailler será instalado para sensibilizar barqueiros sobre a necessidade de cobrir o motor dos barcos.
O escalpelamento é um tipo de acidente causado quando os cabelos de passageiros ficam presos no eixo do motor das embarcações que fazem transporte de pessoas nos rios da Amazônia.
As principais vítimas são mulheres e crianças, que ao se aproximarem do motor, têm o couro cabeludo arrancado. O acidente provoca graves sequelas físicas e psicológicas e pode levar a morte. Em 2012, seis acidentes com escalpelamentos foram registrados no estado. Em 2011, foram oito.
O medo de ter a embarcação apreendida pela Capitania dos Portos afasta dos proprietários de barcos artesanais, público alvo de ações como esta. Mas a Capitania garante que o mutirão buscam apenas melhorar a segurança na navegabilidade no Pará.
"Não queremos apreender barcos, desejamos apenas fazer a instalação da cobertura do eixo. Nosso trabalho é preventivo", assegura o tenente Marco Antônio, oficial de Relações Públicas do órgão.
Desde quando virou lei federal, em 2009, a instalação da proteção do eixo se tornou obrigatória. A partir de então, a Marinha, em parceria com a Sespa, através da Coordenação de Educação e Saúde e Mobilização Social, já realizou mutirões para a instalação gratuita do componente em cerca de 2 mil embarcações que estavam em situação irregular. A instalação da cobertura é gratuita, pois empresas privadas do estado patrocinam a iniciativa
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