Como se estivessem vivendo dentro de um filme de terror que jamais quiseram ver e que está demorando tempo demais para acabar, moradores de Santa Isabel souberam que mais uma mulher sofreu tentativa de estupro e que o autor seria Luiz Carlos Souza Silva, 26 anos, cujo apelido é “Caíto”. Ele está sendo chamado pela comunidade de “Maníaco de Santa Isabel” e, na tentativa, usava um canivete, e só não consumou o ato porque o cachorro da vítima interveio.
(Foto: Celso Rodrigues)
Viviane Barbosa de Oliveira, 38 anos, foi atacada dentro da própria casa, por volta das 20h de quarta-feira (30). O agressor seria um homem encapuzado, com características físicas que a vítima disse bater com a imagem divulgada de “Caíto”.
“Ele entrou pela porta da cozinha logo depois que minha filha saiu. Eu acho que ele estava escondido numa construção que está sendo feita atrás de casa. Ele entrou normalmente, e eu achei que fosse minha filha. Eu estava deitada de bruços na cama e ele entrou no quarto, puxou meu cabelo e bateu minha cabeça contra a parede”, detalhou a vítima.
Depois disso, o agressor teria tentado rasgar a roupa da vítima, mas ela resistiu e começou uma luta corporal contra ele. A resistência ao ataque custou a ela vários cortes no braço, feitos pelo canivete dele. “Só quem estava na minha casa era o meu avô que já tem 100 anos. Mas aí eu chamei o meu cachorro, o Brad. Ele então avançou bravamente nele. Foi quando ele correu”, recordou.
Brad é um cão vira-lata com uma barriguinha um tanto avantajada, que na noite de ontem foi o melhor amigo da mulher: a dona.
A FUGA
Segundo a própria polícia, O “Maníaco de Santa Isabel” é um exímio conhecedor da mata, pois cresceu por lá. Essa característica bate com a fuga empreendida pelo caçador. Depois de ser afugentado pelo cachorro da vítima, a dona de casa Maria Mota, 38 anos, disse que viu um homem aparentando estar nervoso pulando uma cerca bem próximo da casa dela. A cerca separa o conjunto Jardim das Garças da mata. Depois, conversando com a vítima, viu que as características físicas e a direção que fugiu o agressor batiam com a do homem que correu para a mata.
Segundo a própria polícia, O “Maníaco de Santa Isabel” é um exímio conhecedor da mata, pois cresceu por lá. Essa característica bate com a fuga empreendida pelo caçador. Depois de ser afugentado pelo cachorro da vítima, a dona de casa Maria Mota, 38 anos, disse que viu um homem aparentando estar nervoso pulando uma cerca bem próximo da casa dela. A cerca separa o conjunto Jardim das Garças da mata. Depois, conversando com a vítima, viu que as características físicas e a direção que fugiu o agressor batiam com a do homem que correu para a mata.
Depois que se livrou do perigo, de tão nervosa, Viviane não conseguia gritar. Como num pesadelo terrivelmente real, ela abria a boca, mas a voz não saia. Ela então pegou o celular e conseguiu digitar o número de um parente. “Vem pra cá”, foi só o que ela conseguiu dizer.
Vários moradores, revoltados, armaram-se com revólveres, facas e paus e adentraram a mata para ver se achavam Caíto, mas sem sucesso. Depois disso, resolveram novamente interditar a rodovia BR 316 e exigir que o Maníaco de Santa Isabel seja logo preso e a paz seja devolvida às comunidades agrícolas ao entorno da rodovia federal.
DENÚNCIA
Enquanto o povo protestava, a vítima teria ido até a delegacia, e tentado registrar Boletim de Ocorrência. Mas, sentindo-se constrangida pela forma como foi tratada pela delegada de plantão, Maria Amélia, Viviane resolveu deixar a delegacia. “Ela disse que não foi tentativa de estupro e sim de roubo. Mas como se ele não levou nada? Ela não quis fazer o B.O., e ainda ficou dizendo que agora tudo que acontecia era culpa do Caíto. Eu estava lá sangrando muito, e achei que não merecia passar por aquilo”, denunciou.
Enquanto o povo protestava, a vítima teria ido até a delegacia, e tentado registrar Boletim de Ocorrência. Mas, sentindo-se constrangida pela forma como foi tratada pela delegada de plantão, Maria Amélia, Viviane resolveu deixar a delegacia. “Ela disse que não foi tentativa de estupro e sim de roubo. Mas como se ele não levou nada? Ela não quis fazer o B.O., e ainda ficou dizendo que agora tudo que acontecia era culpa do Caíto. Eu estava lá sangrando muito, e achei que não merecia passar por aquilo”, denunciou.
“Vivemos aqui uma espécie de ‘toque de recolher’ comandado pelo medo. Só que nem todo mundo pode estar dentro de casa ao anoitecer. Há mulheres que fazem faculdade, há mulheres que trabalham a noite; essa situação está tão insustentável”, desabafou a professora Walcinete Ferreira, 45 anos.
Ela falou em nome dos moradores do Jardim das Garças que as viaturas quase não passam pelo local e que não acredita na eficiência do trabalho das polícias Militar e Civil de Santa Isabel.
O diretor da Delegacia de Polícia de Santa Isabel, Carlos Magalhães, disse que está em missão em Barcarena, mas que na manhã de hoje chamaria a vítima até a delegacia para que ela pudesse esclarecer a ele o que ocorreu. Disse ainda que a Polícia Civil está caçando incansavelmente o estuprador.
O tenente-coronel Dílson Junior, comandante do 12º Batalhão da Polícia Militar, de Santa Isabel, disse, apesar da tarefa de investigar ser da Polícia Civil, tem colaborado com a procura do maníaco. “Todo o efetivo da polícia do município, mais apoio de policiais de Belém estão trabalhando para prender Caíto”, afirmou.
“Nós nem ao menos temos certeza que ele está ainda aqui. Nós já estamos monitorando outros municípios vizinhos caso ele tenha saído daqui. Acreditamos que, fechando o cerco, ele preferirá se entregar, porque se a população o pega antes, será muito pior. Pedimos que a população confie em nosso trabalho, porque ele está sendo feito da melhor forma possível”, concluiu
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