Mais de 50 presos, sete deles presidiários, e dezenas de produtos eletrônicos, um carro blinda
do, cerca de dois quilos de pedras de óxi, 12 armas de fogo e munição, máscara do tipo balaclava, colete à prova de balas e duas aparelhagens de som apreendidos. Tudo foi apresentado, na manhã desta quinta-feira, 31, na sede da Delegacia-Geral em Belém, como resultados da operação "Tribus", das Policias Civil e Militar, e Ministério Público, em Barcarena, nordeste do Estado. A ação policial resultou de investigações sobre a atuação de duas organizações criminosas que atuavam no município, onde eram responsáveis por crimes como tráfico de drogas e homicídios. Estiveram em atuação 350 policiais, dos quais 250 policiais civis e 100 militares, de unidades da capital e do interior do Estado. Ao todo, das 52 pessoas presas, 15 são mulheres.
Para apresentar a informações sobre a operação, o delegado-geral da Polícia Civil, Nilton Atayde, esteve à frente da entrevista coletiva aos jornalistas no auditório A, da Delegacia-Geral. Além de policiais civis e militares, responsáveis pela coordenação da operação, esteve presente o promotor de Justiça de Barcarena, Harrison Bezerra, do Ministério Público do Estado, que também acompanhou as investigações.
Ao todo, cerca 60 mandados judiciais de busca domiciliar e de prisão foram cumpridos na operação em Barcarena. Os agentes abordaram simultaneamente os locais apontados como pontos de tráfico de drogas na cidade, durante a madrugada. Os presos foram colocados em um ônibus para serem transportados até a capital. O bando era comandado por Dario Marco Corrêa, de apelido "Darinho".
Um caminhão também foi usado para fazer o transporte dos objetos apreendidos, entre os quais, duas aparelhagens de som completas, de nomes "Tribo Som" e "CrocoLight", que, segundo as investigações, eram usadas para "lavagem" do dinheiro adquirido por meio da venda de drogas. A operação resultou de mais um ano de investigações coordenadas pela equipe do Núcleo de Inteligência Policial (NIP) e Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) de Abaetetuba da Polícia Civil. A execução da operação para prender os criminosos foi coordenada pelo delegado-geral adjunto, Rilmar Firmino, e contou com policiais civis vinculados às Diretorias de Polícia do Interior e de Polícia Especializada.
De acordo com o promotor de Justiça Harrison Bezerra, os dois grupos rivais foram responsáveis, nos últimos quatro anos, por 150 mortes de pessoas, em decorrência da disputa pelo tráfico de drogas na cidade. Dentre os presos, estão presidiários responsáveis em comandar o esquema de tráfico de drogas do interior de unidades penitenciárias do Estado.
Na chegada à Delegacia-Geral, por volta do meio-dia, uma grande estrutura foi montada, com várias salas utilizadas com salas de flagrante para lavratura dos procedimentos policiais contra cada um dos presos. Todos os objetos apreendidos ficaram de passar por triagem para serem individualizados dentro do procedimento flagrancial.
Os presos vão responder por tráfico de drogas e associação para fins de tráfico de drogas. Em alguns casos, será lavrado flagrante de posse de armas ilegais, entre outros delitos. Entre as armas apreendidas estava uma escopeta com munição.
FOTOS: JOEL LOBATO (ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL)
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