quarta-feira, 9 de julho de 2014

Belém registra a menor inflação do país, aponta IBGE

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) medido na Região Metropolitana de Belém (RMB), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), subiu 0,21% em junho. Esse foi o menor resultado do País, no último mês do semestre. O percentual de evolução divulgado representa uma redução do ritmo imposto na primeira metade do ano. Em maio, com a terceira maior alta do Brasil, a variação do indicador da RMB atingiu desempenho recorde (0,79%) para 2014. Esse avanço superou o que foi registrado em março (0,53%), fevereiro (0,38%), janeiro (0,50%) e abril (0,52%). Os números foram apresentados ontem.
A flutuação do IPCA simboliza a inflação ou a deflação oficial em relação ao conjunto de despesas dos cidadãos e no mês de referência, nesse caso em junho. Ao acompanhar as nuances do índice, o IBGE calcula as altas e baixas nos valores do que estiver disponível, legalmente, para o consumo de famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos em treze Regiões Metropolitanas (Rio de Janeiro, Curitiba, São Paulo, Campo Grande, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Vitória, Belém, Recife, Brasília e o município de Goiânia).
Em 2014, a soma das variações apresentadas pelo IPCA (janeiro, fevereiro, março, abril, maio e junho) da RMB alcançaram 2,90%, resultado que pode ser considerado o 2º mais baixo entre os demais apurados pelo IBGE. No acumulo das últimas 12 variações mensais do índice, a RMB tem a menor inflação do Brasil (5,43%), atrás de Salvador, que registrou variação acumulada de 5,74%.
Em junho, assim como em outros meses, o que mais influenciou o aumento do IPCA foram os custos com alimentação, transportes, habitação, cuidados pessoais e vestuário. Juntos, esses segmentos representam mais de 80% no cálculo da variação do índice da região e também do País. São os itens que mais determinam o desempenho da inflação.
A alimentação, na RMB, ficou 0,30% menos cara, mas já aumentou 3,62% esse ano. A alimentação no domicílio pode ser considerado o “subitem” que mais influenciou esse resultado. Comer em casa ficou 0,56% mais barato, em junho. Os custos com transportes aumentaram 1,57% no mês de junho e subiram 1,92% no ano. O preço da passagem de transporte público foi elevado em 3,71% e já variou 2,41%, em 2014.
Os gastos com habitação subiram 0,45% no mês e 3,59% no ano. Dentro desse item, os encargos e a manutenção são os responsáveis principais, com aumento de 0,47% e importância de 6,9% no resultado final da inflação. Com saúde e cuidados pessoais os cidadãos gastaram 0,27% a mais do que em junho, consumindo as mesmas coisas. Só nesse ano esse setor já apresentou alta de 3,68% nos produtos e serviços oferecidos. As despesas com higiene pessoal, por exemplo, subiram 0,65%. Se vestir, por outro lado, está mais barato para os belenenses, em 2014 (- 0,29%). O preço das roupas, que pesa 5,7% no cálculo da inflação, caiu 0,97%.
Desconsiderando o peso no cálculo de variação do indicador e o grupo de referência, os produtos e serviços que alcançaram maiores alterações no valor em junho foram o ônibus urbano (5,73%), o cheiro-verde (5,63%), o mamão (4,97%), o café da manhã (4,86%), o cabelereiro (4,30%), a passagem aérea (4,13%) e o café moído (4,13%). Juntos esse itens representam 5,59% na inflação oficial.
Nessa mesma avaliação, os valores que mais caíram em março, na RMB, foram os do peixe-dourada (-12,86%), da batata inglesa (-8,34%), do peixe-serra (-7,90%), do peixe-tucunaré (-7,89%) e dos pescados (-7,89%). Somadas as importâncias dos itens no cálculo do IPCA o resultado chega a 3% de peso.
BRASIL
A inflação oficial do País ficou em 0,4% em junho deste ano, desacelerando em relação aos 0,46% de maio. Nos últimos doze meses, o IPCA acumula alta de 6,52%, acima dos 6,37% relativos aos doze meses imediatamente anteriores. A meta que o Banco Central deve alcançar este ano é 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para baixo ou para cima. Portanto, o resultado em 12 meses ficou acima do limite superior da meta (6,5%). O IPCA fechou o primeiro semestre do ano com alta de 3,75%. No primeiro semestre de 2013, o índice era 3,15%.
Segundo o IBGE, os preços dos alimentos e bebidas foram os que mais contribuíram para a queda da inflação em junho, que passaram de 0,58% para 0,11%, uma desaceleração pelo terceiro mês consecutivo. Os alimentos consumidos em casa apresentaram redução de 0,60% em junho, contra alta de 0,41% em maio. Os maiores percentuais foram a batata-inglesa (-11,46%) e o tomate (-9,58%). Houve queda ainda dos alimentos consumidos fora de casa (de 0,91% em maio para 0,82% em junho), com destaque para a refeição (0,96% para 0,75%), refrigerante (1,29% para 0,51%) e cerveja (0,34% para 0,01%).
Já influenciadas pela Copa do Mundo, as diárias de hotel aumentaram 25,33%, impactando as despesas pessoais, grupo que teve alta de 1,57% em junho, resultado 0,77 ponto percentual em relação a maio – e causando impacto de 0,17 ponto percentual no IPCA de junho. Nas despesas com habitação, houve redução de 0,61% para 0,55%, mesmo com altas na taxa de água e esgoto (0,95%), aluguel residencial (0,84%) e artigos de limpeza (0,92%). Neste caso, houve compensação no item energia elétrica, que passou de 3,71% para 0,13%.
Os gastos com saúde e cuidados pessoais ficaram em 0,60% em junho, após 0,98% no mês anterior, deixando para trás os reflexos do reajuste de março nos preços dos remédios (1,47% em maio para 0,29% em junho). Houve também redução nos preços dos artigos de residência (1,03% em maio para 0,38% em junho), vestuário (0,84% para 0,49%), comunicação (0,11% para -0,02%) e educação (0,13% para 0,02%).
Utilizado pelo Banco Central como parâmetro para o balizamento do Plano de Metas, o IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Goiânia, Campo Grande e Brasília.
INPC
Para famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, a inflação dos preços de produtos e serviços foi registrada em 0,31% na RMB. O percentual é o quinto mais alto na comparação com as demais treze Regiões Metropolitanas, Brasília e a cidade de Goiânia. Esse resultado simboliza a variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC). Em maio a evolução foi de 0,9%, em abril, 0,57% e em março, 0,45%. O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, um ano antes da estreia do IPCA.
Os produtos e serviços com mais peso no cálculo do INPC também são aqueles relacionados a alimentação, bebidas, transportes e habitação. No setor de alimentação e bebidas a queda do preço, em junho, foi de 0,20%. Em relação aos valores com alimentação no domicílio a variação foi identificada em -0,42%. Os custos com transportes ficaram 2,38% mais caros no mês passado o e os gastos com habitação subiram 0,50%.
Sem levar em conta o peso no cálculo de variação do indicador e o grupo de referência, os produtos que alcançaram maiores alterações no valor em fevereiro foram o ônibus urbano (5,73%), o cheiro-verde (5,63%), o mamão (4,97%), o café da manhã (4,86%), o cabeleireiro (4,30%) e as hortaliças e verduras (4,25%)
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor subiu 0,26% em junho, após ter registrado alta de 0,60% em maio. Com o resultado, o índice acumulou uma alta de 3,79% no ano e de 6,06% em 12 meses.

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