Depois das agressões verbais, que por pouco não se transformaram em físicas, feitas pelo técnico do Paysandu, Sérgio Cosme, ao repórter Dinho Menezes, o diretor de esportes da Rádio Clube, Guilherme Guerreiro, lamentou o ocorrido do último sábado (7), em Marabá. Segundo Guerreiro, a Rádio Clube, por meio do seu diretor executivo, Camilo Centeno, dará todo o apoio necessário ao repórter.
O assunto repercutiu durante todo o dia de ontem (9) em outras emissoras de rádios e também em redes sociais. No twitter, por exemplo, Dinho Menezes recebeu mensagens de carinho e solidariedade de colegas de profissão, torcedores do Paysandu e outras pessoas ligadas ao esporte. Ainda chateado com o ataque do técnico bicolor, Dinho Menezes lembrou a situação constrangedora. “Trabalho como setorista do clube há mais de nove anos. Eu nunca havia passado por isso antes”, contou.
A Associação dos Cronistas e Locutores Esportivos do Pará (Aclep), por intermédio do seu presidente, Geo Araújo, publicou uma nota de repúdio no site da entidade. Confira um trecho: “Lamento duas vezes o ocorrido em Marabá quando o técnico disse que ‘tenho uma irmã negra, mas tu és um bandido, um safado’, demonstrando um racismo que anda escondido, pelo jeito, dentro da própria casa dele e me entristece o fato do companheiro colocar o fato no ‘cofre do esquecimento’. Nada na vida é melhor que o perdão, mas, digo e afirmo, quando o perdão merece perdão. Talvez se o repórter da Rádio Clube não fosse de cor negra, ele - Cosme - não o interpelaria e se o fizesse, por certo, não o chamasse ‘de branco vagabundo e bandido’”.
Fonte: Dol
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