Servidores no 1º protesto. (Foto: Bruno Paraense)
A situação no município de São Miguel do Guamá continua tensa. Na manhã de ontem (6) os manifestantes tentaram fechar a BR-010 novamente, mas foram contidos pela tropa de choque da Polícia Militar. As mais de 500 pessoas que participam do movimento partiram então ao centro da cidade para chamar outros moradores para o protesto. Eles prometem um grande ato público para hoje (7), com recolhimento de assinaturas para um abaixo assinado que vai pedir o afastamento da atual prefeita, Márcia Maria Rocha Cavalcante (PSD), pelas supostas irregularidades que teria cometido.
Segundo o professor Alfredo Borges, da Escola Nazaré, o grupo tático da PM “reprimiu pesado e obrigou a gente a se dispersar”. No ato de hoje (7), os manifestantes vão levar um caixão para fazer o enterro simbólico da prefeita que já teria dito aos manifestantes que não vai renunciar “de jeito nenhum”. Borges afirma que “a população já perdeu a confiança nela e enquanto a prefeita não renunciar nós não vamos sair das ruas”.
“Ela deixou claro que errou, mas disse que vai até o fim do mandato”, afirmou o professor, que é ligado ao Sindicato do Trabalhadores em Educação Pública no Estado do Pará (Sintepp) uma das entidades que encabeçaram o movimento que ganha corpo a cada dia.
Depois da adesão dos sindicatos dos Servidores do Município e dos Agentes comunitários de Saúde, ontem foi a vez dos comerciantes locais declararem apoio ao movimento por meio do Clube de Diretores Lojistas (CDL) do município.
A prefeita Márcia Cavalcante é acusada de desvio de recursos públicos e de não pagar o mês de dezembro e nem o 13º dos funcionários da prefeitura, apesar de já ter recebido, desde o dia 1º de novembro, segundo Alfredo Borges, cerca de R$ 3,8 milhões do Fundeb, mas não pagou o salário dos funcionários que tem uma folha de pagamento de R$ 1,5 milhão.
E não é só no setor de educação a crise. Os servidores do hospital municipal decidiram fechar as portas do estabelecimento há três dias por falta de médicos, que também estão com os salários atrasados, e de medicamentos e os servidores da Saúde estariam há três meses sem receberem.
A prefeita chegou a ser afastada do cargo pela juíza local, Priscila Mamede, mas conseguiu uma liminar de um desembargador e conseguiu retornar ao cargo. Os protestos começaram na última quarta-feira 5), quando trabalhadores da educação e da saúde municipal bloquearam parcialmente a BR-010.
A reportagem tentou contato com a Prefeitura de São Miguel do Guamá, mas não foi atendida.FONTE DIARIO ONLINE.
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