Segunda-Feira, 08/07/2013, 16:30:51 - Atualizado em 08/07/2013, 16:32:58
Os engenheiros Marcos Vinícius Gomes dos Santos e Arlen Sandeuscristo Simplício foram absolvidos do crime de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) no processo do acidente numa montanha-russa que resultou na morte de Heydiara Lima Lemos, de 61 anos. O episódio ocorreu em 2010. Os dois foram absolvidos pela juíza Daniella Alvarez Prado, da 35ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.
Já o segundo denunciado - engenheiro mecânico - deixou de apontar falhas de manutenção e operação quando assinou o documento de responsabilidade técnica que viabiliza a autorização de funcionamento do parque, expondo os usuários ao risco de acidentes.
No início da noite do dia 19 de junho de 2010, uma falha no sistema de travamento da barra de segurança do carrinho da montanha-russa Monte Aurora teria causado a morte de Heydiara. Ela despencou de uma altura aproximada de 7 metros e morreu de traumatismo de crânio, tórax, abdome, além de hemorragia interna e contusão pulmonar.
Em alegações finais, o MP afirmou que os fatos imputados aos réus não foram devidamente comprovados no processo. Segundo a juíza, a denúncia teve como base laudo técnico emitido pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), que apontou que a distância das barras de segurança variava entre os carrinhos e que o passageiro sentado à direita no banco posterior poderia, ao descansar os braços, tocar instintivamente no manete e movimentá-lo, destravando, dessa forma, as barras de segurança.
"Ou seja, nenhuma das duas causas apontadas no laudo técnico elaborado pelo ICCE é suficiente para, por si só, causar o acidente, o que é, inclusive, reconhecido pelos próprios peritos que elaboraram o laudo", concluiu a sentença. A decisão também destaca informações do Corpo de Bombeiros, responsável pela fiscalização de parques de diversões, de que a documentação do Terra Encantada estava em dia.
(Agência Estado)
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