Não está descartada a possibilidade de uma agenda em separado apenas com os dois chefes de Estado
Ainda bastante irritada com o fato de ter sido alvo de espionagem do serviço secreto americano, a presidente Dilma Rousseff estará cara a cara com o presidente dos Estados Unidos Barack Obama, pela primeira vez, desde que as novas denúncias vieram à tona.
Até segunda ordem, a previsão é de um encontro informal durante as reuniões de cúpula das 20 maiores economias do mundo, que começam nesta quinta-feira, em São Petesrburgo, na Rússia. Mas não está descartada a possibilidade de uma agenda em separado apenas com os dois chefes de Estado.
Dilma ainda não obteve uma resposta que considerasse satisfatória para justificar a iniciativa americana, sobretudo depois de o governo brasileiro ter conversado longamente sobre o tema espionagem com o governo americano e nada disso ter sido mencionado durante as tratativas.
Nesta quarta-feira, a presidente brasileira acabou desistindo da agenda de passeios que havia sido preparada para o seu primeiro dia de viagem e dedicou boa parte do tempo para a prepação dos encontros que terá hoje. Pela manhã, recebeu, na vila afastada do centro da cidade em que os russos hospedaram os líderes do G-20, o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo. À tarde foi a vez do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que desembarcou pouco depois do horário de almoço na antiga capital imperial russa.
Na manhã de quinta-feira, Dilma recebe em um encontro bilateral o presidente da China, Xi Jinping. Na pauta do encontro, a preocupação com as oscilações cambiais provocadas pelo anúncio de mudanças na política monetária americana. Mais tarde, reúne-se com os presidentes do grupo de países que ficou conhecido pelo acrônimo Brics (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) e participa da abertura oficial da cúpula do G-20.
Dilma volta para o Brasil antes mesmo do final da cúpula do G-20, logo depois do almoço de líderes, para estar presente nas comemorações do feriado de 7 de setembro, em Brasília.
Em princípio, a presidente tem reuniões bilaterais previstas com o Japão, a Coreia do Sul e Cingapura. Embora a assessoria do Palácio do Planalto ainda não tenha confirmado oficialmente, os russos já anunciaram um encontro a sós de Dilma com o presidente Vladimir Putin.
Fonte: O Globo
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