Estudo indica aumento do 'cyberbulling' no Brasil

No Brasil, a internet alcançou um tamanho continental: são mais de 67 milhões de internautas com idade a partir de 10 anos, segundo dados do IBGE. Ou seja, mais de um terço da nação acessa a web, o que garante ao país a quinta posição mundial no número de conexões a internet.

E os jovens são a faixa etária cada vez mais interessada em se manter conectada. Entre as pessoas de 10 a 14 anos de idade, o porcentual de usuários de Internet subiu de 51% em 2008 para 58% do total em 2009. Entre os adolescentes de 15 a 17 anos, a fatia de usuários da internet cresceu de 62% para 71%.

Se por um lado os dados representam o acesso de muitos jovens à informação e entretenimento, por outro, tal avanço é confrontado com o preço de tamanha popularidade. Povoada por redes sociais que abarcam milhões de usuários, o universo da web se mistura à vida real. E é justamente aí que mora o problema. Assim como na vida real, o ambiente cibernético se torna cenário para abusos praticados justamente por quem mais usufrui da web: crianças e adolescentes.

A prática de agressão conhecida como bullying ganha cada vez mais terreno na web. Segundo um estudo inédito realizado este mês pela empresa de informações MITI Inteligência, entre os dias 2 e 6 de abril, foram capturadas mais de 38 mil interações contendo palavras de baixo calão relacionadas a personalidades e pessoas comuns, atribuindo inclusive nomes e referências.

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DIAGNÓSTICO
Os dados do recente estudo só confirmam o diagnóstico preocupante apontado por pesquisas anteriores. De acordo com a ONG Plan Brasil, que atua no desenvolvimento de crianças e adolescentes, a violência entre jovens praticada por meios virtuais já é mais frequente que o bullying. Dos 5.168 alunos que participaram da pesquisa, realizada nas cinco regiões do país, 10% já sofreram ou praticaram bullying, enquanto 16,8% foram vítimas e 17,7% praticaram o cyberbullying. (Diário do Pará).