sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Meninos são maioria em abrigos do Pará

Meninos são maioria em abrigos do Pará (Foto: )


Sexta-Feira, 09/08/2013, 07:31:18 - Atualizado em 09/08/2013, 07:31:18

 
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) inspecionou, entre março de 2012 e março de 2013, 2.247 entidades de acolhimento em todo país, as chamadas casas-lares, e 123 grupos de acolhimento familiar, que agregam famílias voluntárias ou que recebem subsídios para receber os menores, na faixa de 0 a 18 anos, por um tempo determinado. Esse total corresponde, segundo o CNMP a 86,1% do total no país.
A maior parte das crianças paraenses que estão abrigadas são meninos. Na região Norte, as principais causas de abandono são por deficiências mental, sensorial ou física. Nos abrigos as adolescentes grávidas ou com filhos também aparecem em grande número, assim como os dependentes químicos.
De um modo geral, em todo o Brasil as principais causas de acolhimento nestes locais são negligência; dependência química ou alcoolismo dos pais ou responsáveis; abandono; violência doméstica e abuso sexual praticado por pais ou responsáveis. Há casos de menores em mais de uma situação.
ACOLHIMENTO
Os abrigos são instituições que devem assemelhar-se a uma residência, com capacidade para até 20 crianças e adolescentes. As casas-lares devem ser locais em que há o trabalho especial de um educador ou cuidador residente, atendendo a um grupo de até 10 crianças e adolescentes. 
A ideia desse serviço é estimular o desenvolvimento de relações mais próximas do ambiente familiar. O acolhimento familiar é realizado em residências de famílias cadastradas junto à entidade de atendimento, com uma criança por família, salvo em caso de irmãos.
Na região Norte aparece também um dado positivo que é o maior percentual de pais ou parentes que procuram tanto os abrigos ou casas lares para visitar os menores abrigados. A região destaca-se positivamente também com o maior percentual de permanência no acolhimento por até 6 meses – 53% em abrigos e 54% em casas-lares.
É o menor índice de permanência superior a 2 anos no país: 15% em abrigos e 18% em casas-lares, respectivamente. Comparando com a região Sudeste o percentual de crianças e adolescentes que ficam por até seis meses no serviço é de 14% nos abrigos e apenas 11% nas casas-lares. O Sudeste e o Nordeste são as regiões em que mais acolhidos permanecem no serviço por mais de 2 anos, com 34% e 35% dos abrigados e 45% e 55% dos acolhidos em casas-lares, respectivamente.
(Diário do Pará)

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