12/11/2013 - 09:17 - Carlos Ferreira
Hoje, sobrevida ou morte do Papão
O jogo mais tenso do Paysandu no campeonato deve coincidir com o jogo mais 'relax' do Palmeiras. Se o Papão vai a campo em jornada de sobrevida ou morte, às 20h50, o Verdão pode já entrar em campo como campeão, desde que a Chapecoense não tenha vencido o Paraná em Curitiba, 18h30. Mais que possibilidade, isso é uma probabilidade.
O Paysandu tem motivo mais forte para 'secar' a Chapecoense que o Palmeiras. Afinal, em tese, com o título já garantido, o time paulista teria uma tendência a ser menos competitivo. O problema do Papão, porém, não está nas virtudes do time adversário, mas nas limitações técnicas, táticas e físicas do seu próprio time. No aspecto emocional, os dois times se distinguem ao extremo. O Palmeiras em estado de graça e o Paysandu tratando de evitar a desgraça do rebaixamento.
O jogo tem uma atmosfera toda especial. Para os palmeirenses pela provável confirmação do título. Para os bicolores pelo fato de o adversário ser o Palmeiras. É o jogo da visibilidade. Em pleno fim de temporada, os atletas vão jogar para o mercado, tratando de abrir portas para 2014. Aí reside a esperança para a torcida alviceleste de ver um Papão verdadeiramente competitivo.
Rodada para sonho ou pesadelo?
Ao mesmo tempo que vai 'secar' a Chapecoense, para que o Palmeiras já entre em campo campeão, o Paysandu vai precisar de derrota do ABC (16º colocado) para o Figueirense, em Florianópolis, 18h30, para ter chance alcançá-lo na pontuação. Outra conveniência do Papão seria a derrota do Atlético Goianiense para o Sport Recife em Goiânia. Pelos riscos e pelas possibilidades, a rodada pode ser de sonho ou de pesadelo para o clube paraense.
A rodada até que passa alguma esperança, embora o time do Paysandu não venha passando a menor confiança. A noite precisa vir sob encomenda, trazendo surpresa, para que os bicolores durmam felizes, embora os indicativos sejam contrários. Em qualquer análise honesta, a superioridade e o melhor astral do Palmeiras falam mais alto, mesmo em Belém.
Mais um recomeço do Leão
Desde o rebaixamento que o reduziu a aspirante à Série D, o Remo está no sexto recomeço, buscando desesperadamente o resgate da própria identidade. Sempre abraçado pela torcida, o Leão vem sendo sucesso nas arquibancadas tanto quanto fracasso em campo. Nos últimos cinco anos, repetiu quase tudo o que já vinha dando errado. Desta vez, muda parcialmente a postura. Mostra-se inclinado a repetir alguns dos erros fatais, mas sai da velha letargia e se arrisca com atitudes, com entusiasmo, com ousadia. A reforma do Baenão, o pagamento de salários atrasados, a preocupação em reconstruir a imagem do clube para o mercado, os planos anunciados (alguns já encaminhados), o trabalho em regime de mutirão... Isso tudo já indica uma nova 'era' para o clube azulino, o que terá reconhecimento com bons resultados em campo.
Faltam dois meses para o Leão voltar a disputar três pontos, na abertura do Parazão 2014. O 'oba oba' na construção do elenco preocupa os mais cautelosos e empolga os mais otimistas. Mas, em linhas gerais, o Remo faz crer que voltará a dignificar sua torcida e sua tradição na próxima temporada.
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