As denúncias eram muitas e as mulheres que foram vítimas do “Maníaco do Cooper” o reconheceram tão logo a Polícia Militar conseguiu localizá-lo e prendê-lo. Trabalhador e homem de personalidade calma, ninguém podia imaginar que Antonio Lucas Ferreira Filho, conhecido por “Canimbé” fosse o estuprador que muita gente procurava.
Canimbé escolhia a dedo suas vítimas e sempre agia entre as cinco e seis horas da manhã, quando as senhoras saiam de suas casas para fazer Cooper na Avenida Jaime Longo, no Bairro Promissão I, em frente ao Parque Ambiental ou à margem do Lago Verde. Mas Antonio Lucas também conseguiu agir também no Bairro Uraim I. Algumas de suas vítimas conseguiram escapar antes do maníaco consumar o estupro, outras não tiveram a mesma sorte.
Há algum tempo este site vinha fazendo uma série de denúncias avisando as mulheres que fazem Cooper nestes locais de que havia um homem que estava atacando e estuprando as ‘atletas’ sempre ao raiar do dia.
A Polícia Militar, de posse de denúncias de algumas vítimas, começou a fazer uma investigação sigilosa. O Capitão PM Artur do Comandante do CPR VI e sua equipe foram às ruas em busca de respostas que pudessem levá-las ao estuprador.
Depois de muitas investidas veio, então, a idéia de procurar uma empresa que comercializa motocicletas. Justamente a marca da moto utilizada pelo maníaco e denunciada pelas vítimas.
O maníaco usava esta motocicleta. Foi através dela que a Polícia Militar chegou até o homem que já estuprou, pelo menos, meia dúzia de mulheres em Paragominas.
A empresa informou que mais de sessenta motocicletas com aquelas características foram vendidas este ano e que algumas iriam passar por revisão. Foi assim, que com muita paciência e inteligência, a equipe de policiais militares chegou ao Antonio Lucas.
Na manhã de sexta-feira, ele foi até a empresa e ao descer da motocicleta foi abordado pelos policiais que o esperavam com ansiedade. No primeiro momento “Canimbé” negou, mas, levado para a 13ª Seccional foi reconhecido por pelo menos duas das mais de seis que prestaram queixas naquela especializada.
Há informações de que o número de vítimas é muito grande e que muitas mulheres ainda estão receosas de ir à delegacia fazer o reconhecimento do maníaco sob o pretexto de não passar por algum vexame ou mesmo medo de relembrar tudo o passaram nas mãos do estuprador.
Como agia
Antonio Lucas, o “Canimbé” acordava cedo e se dirigia, já com a mente satânica em ação, para os locais onde costumeiramente as mulheres fazem Cooper. Ficava de longe, à espreita de que alguma delas se afastassem das demais. Era aí que ele chegava e dizendo estar armado, partia para cima de suas vítimas, arrancava suas roupas e fazia sexo no meio da rua, em cima das calçadas, enfim, onde pudesse satisfazer seus desejos bestiais.
Fonte Jorge Quadros
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