O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) da Região Metropolitana (RM) de Belém aumentou 0,48% entre os dias 13 de dezembro e 15 de janeiro, na comparação com o mesmo período dos meses anteriores, de acordo com o levantamento regular do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A variação pode ser interpretada como a inflação dos preços de produtos e serviços oferecidos na região até a metade do mês, mas também pode ser entendia como uma prévia da inflação oficial de janeiro, que deve ser apresentada na primeira semana de fevereiro. A RM belenense tem o terceiro menor resultado entre as nove RM, o município de Goiânia e o Distrito Federal, avaliados na pesquisa.
A variação até a primeira quinzena de janeiro é 0,17 ponto percentual inferior à observada até o final das primeiras duas semanas de dezembro (0,65%). O percentual acumulado entre janeiro de 2013 e janeiro de 2014, sempre considerando a avaliação da metade final e a metade inicial dos meses subsequentes, chegou a 4,89% - o segundo menor do Brasil. A inflação da RM de Belém representa 4,65% do cálculo final da inflação prévia ou parcial do mês de janeiro no País.
O IPCA-15 é utilizado pelo governo e pelo Banco Central para estipular suas metas de inflação. Com a mesma metodologia de cálculo, a única diferença do IPCA-15 para o IPCA é que a análise dos preços em 30 dias não é fechada no final do mês, mas no meio do mês. Ele mede o ritmo inflacionário que vai do dia 15 anterior ao dia 15 do mês de referência, aproximadamente. Para o cálculo do IPCA-15 de janeiro, os preços foram coletados no período de 13 de dezembro a 15 de janeiro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de novembro a 12 de dezembro (base).
O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.
Os custos de alimentação, transportes habitação e cuidados pessoais representam 95% no cálculo final do indicador da RM de Belém. Ou seja, são os produtos com mais poder de influencia no resultado final da inflação. O índice do item alimentação e bebidas variou 0,88% até a primeira quinzena do mês e 4,90% no acumulado dos últimos 12 meses. O indicador para transportes sofreu deflação de 0,74%, em janeiro, e variou 2,14% nos últimos 12 meses. Com habitação os paraenses da RM de Belém gastaram com valores 0,34% mais altos nas primeiras semanas de janeiro. Na avaliação dos 12 meses o aumento foi de 3,85%. Saúde e cuidados pessoais ficaram 0,24% mais caros, com variação acumulada de 5,82%. Vestuário (0,87%), despesas pessoais (0,80%) e alimentação fora do domicílio (0,59%) também aparecem entre os mais pesados no cálculo da inflação da região.
Os produtos menos pesados, ou com menos influência, são a cortina, que sofreu inflação de 0,65%, a azeitona (0,98%), o milho verde em conserva ( -1,62%), o abacate (6,85%), a salsicha em conserva (1,49%), a fotografia e a filmagem (0,91%), a máquina fotográfica (0,91%), a maionese (- 0,17%), os artigos de armarinho (0,07%) e a antena (-1,05%).
Desconsiderando o grau de importância no cálculo, a dourada foi o produto que mais subiu nos dias analisados (15,35%), continuando em queda de 0,53% na análise dos últimos 12 meses. A pescada inflacionou em 13,89% no mercado, registrando aumento de 2,04% nos 12 meses. A cebola também ficou mais cara (12,70) na primeira parte de janeiro, mas a variação acumulada aponta deflação de 4,92%. O preço do Tucunaré subiu 11,70%, de acordo com o IPCA-15, o mesmo aumento dos pescados. A excursão e o açaí aumentaram 10,9% e 9,3%, respectivamente. Serra, abacate (7,65%), abacate (6,85%) e caranguejo (6,72%) também foram destaque entre os produtos e serviços que mais ampliaram seus índices.
Com a queda mais acentuada no preço, até a primeira parte de janeiro, foram observados a passagem aérea (- 20,67%), o mamão (- 9,79%), o colchão (- 6,51%), o tapete (- 5,19%), o ônibus intermunicipal (- 5,01%), a batata inglesa (- 4,67%), o aparelho telefônico (- 4,12%), a farinha de mandioca (- 3,30%) e oo bolo (-3,20%).
Em todo o País o IPCA-15 teve variação de 0,67% em janeiro e ficou 0,08 ponto percentual abaixo da taxa de 0,75% registrada em dezembro. Considerando os últimos 12 meses, o índice está em 5,63%, abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores (5,85%). Em janeiro de 2013, a taxa havia variado em 0,88%. Responsável pelo recuo do IPCA-15 de um mês para o outro, o grupo transporte passou de 1,17% em dezembro para 0,43% em janeiro, refletindo a queda de 16,32% nos preços das passagens aéreas que gerou o menor impacto individual para baixo, -0,10 ponto percentual. A gasolina, por outro lado, deteve 0,11 ponto percentual, o mais forte impacto individual, já que o litro ficou 2,90% mais caro. Além da gasolina, destacaram no grupo, o etanol (4,34%) e o óleo diesel (3,52).
Os artigos de residência (de 0,57% em dezembro para 0,49% em janeiro) e vestuário (de 0,78% para 0,59%) também tiveram influência na redução do índice. Os menores resultados em janeiro, do mobiliário (de 1,07% para 0,49%) e dos eletrodomésticos (de 1,27% para 0,92%) contribuíram para a menor taxa dos artigos de residência. Já o grupo habitação apresentou taxas próximas, com 0,59% em dezembro e 0,58% em janeiro. Alguns itens continuaram em alta, como o aluguel residencial (0,87%), condomínio (0,79%) e mão de obra para pequenos reparos (0,96%). Energia elétrica e gás de botijão, porém vieram com queda de 0,12% e 0,24%, respectivamente.
O maior resultado de grupo ficou com Despesas Pessoais (de 1,18% em dezembro para 1,31% em janeiro) com destaque para: excursão (9,45%), cigarro (3,62%), cabeleireiro (1,36%), manicure (1,15%) e empregado doméstico (1,02%). Os alimentos vieram a seguir, passando de 0,59% em dezembro para 0,96% em janeiro. As carnes com variação de 3,91% e impacto de 0,10 ponto percentual, o segundo maior impacto individual do mês, foi o destaque do grupo. Outros itens importantes no orçamento das famílias também apresentaram resultados elevados como a cenoura (16,30%), cebola (14,33%), frutas (4,34%), hortaliças(4,57%) arroz (1,49%), pão francês (1,04%), refeição fora (0,94%) e lanche fora (0,95%).
O grupo educação (de 0,00% em dezembro para 0,50% em janeiro) foi influenciado pelo resultado dos cursos regulares (0,34%) que refletiu os reajustes dos colégios da região metropolitana de Porto Alegre (4,42%). Sobre os índices regionais, o maior foi o de Recife (1,06%), em virtude, principalmente, do aumento nos preços dos alimentos (1,76%), além da alta dos serviços de manicure (8,70%) e de cabeleireiro (5,92%). Já o mais baixo ocorreu em Brasília (0,03%), onde as passagens aéreas, com peso de 2,74% e variação de -17,27%, causaram impacto de -0,47 ponto percentual, além da queda de -3,86% nas tarifas de energia elétrica. A seguir tabela com resultados por região pesquisada.
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