Mais de 2 mil traficantes foram presos pela Polícia do Pará em 2013, média de 167 ao mês, seis por dia, ou um a cada quatro horas, segundo o Sistema de Segurança Pública do Pará. Em 2011, segundo o Ministério da Justiça, 85 mil foram presos por tráfico de drogas em todo o País. A quantidade de drogas apreendidas pela Polícia Civil do Pará atingiu 680 quilos de cocaína e 1.021 quilos de maconha.
Foram tiradas de circulação, ainda, 1.583 armas, 8,95% a mais que em 2012, quando foram apreendidos 1.453 armamentos. De acordo com o secretário adjunto de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Pará, delegado Gilvandro Furtado, isso representa menos R$ 15,7 milhões nos caixas do narcotráfico. Só a cocaína em pedra e pasta base aprendida no ano passado chega a R$ 14,4 milhões. Já os dois tipos de maconha (verdinha e local) representam apreensões no valor de R$ 1,3 milhão.
A Polícia Civil trabalha agora em outras operações, como a “Janela Oculta”, cujo objetivo é desarticular a rede de traficantes nos presídios do Pará, e a “Olho de Tandera”, que visa coibir o tráfico de drogas na Região Metropolitana de Belém. O delegado Henisson Jacob, à frente da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), explica que as prisões só foram possíveis devido à quantidade de operações em parceria entre as polícias Civil e Militar. No ano passado, a principal foi a “Hospedeiro”, em Santarém, oeste paraense, que resultou na prisão de seis pessoas e apreensão de 60 quilos de pasta base de cocaína, além de R$ 40 mil em dinheiro. Foram três meses de investigações, com o Núcleo de Apoio a Investigação (NAI) da Polícia Civil de Santarém e do Grupamento Tático Operacional (GTO).
Outra operação de êxito foi a “Mutuca”, de erradicação da maconha na roça. “Essa é uma das que mais trazem retorno, pois combatemos a droga quando ela ainda está na plantação”, diz o delegado Henisson. Em 2013, a operação “Mutuca” resultou na destruição de 255 mil pés de maconha e na erradicação de cerca de 20 plantações, nas duas etapas da ação policial em sete municípios do nordeste do Pará. Na primeira etapa, de 22 a 28 de abril, nos municípios de Nova Esperança do Piriá, Garrafão do Norte, Cachoeira do Piriá e Viseu, foram destruídas 11 plantações e 115 mil pés, na região. Na segunda etapa, de 17 a 21 de maio, foram destruídas oito plantações e 140 mil pés, em Moju, Tailândia e Concórdia do Pará.
Para vasculhar a área, os policiais sobrevoaram a região no helicóptero do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp). Segundo o delegado Henisson, o que surpreendeu durante a operação foi a boa estrutura das plantações de maconha, evidência de que o cultivo existia há, pelo menos, três anos. Em apenas uma delas, em Moju, a área usada para cultivo da erva era do tamanho de um campo de futebol, com medidas de 100 por 80 metros quadrados, com estimados 30 mil pés. Só nessa região, três plantações foram encontradas, uma próxima da outra.
Conforme o delegado, o solo fértil e a água em abundância na região de Moju, Tailândia e Concórdia do Pará contribuem para a plantação da erva. Ele explica os benefícios da destruição das plantações para a sociedade. “É menos droga que chega às mãos de outros traficantes e consumidores”, ressalta.
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