quinta-feira, 15 de maio de 2014

Obras de recuperação da ponte sobre o Rio Moju já começaram

Começou ontem (14) a execução da primeira etapa das obras de recuperação da ponte sobre o Rio Moju, na Alça Viária. Nessa fase preliminar, o projeto prevê o escoramento da via suspensa, em dois pontos anteriores ao local do acidente que provocou o desabamento de um pilar e a ruptura de uma fase da pista em março.
Somente após o escoramento, que será feito por estruturas metálicas reforçadas por dois tirantes laterais, será possível retirar os escombros, tanto os dois lingotes de concreto que permanecem pendurados de um lado e de outro da ponte desde o dia em que o pilar número 14 foi abalroado e ruiu, quanto o bloco de concreto submerso nas águas do Moju.
O canteiro de obras foi montado 200 metros à direita da ponte, pela margem do rio, em um descampado distante cerca de um quilômetro de distância da rampa de embarque e desembarque das balsas que transportam veículos na travessia. No conjunto de cinco salas, refeitório e banheiros que ocupam uma extensão de 30 metros, os operários, supervisores e coordenadores terão cerca de um mês e meio de trabalho intensivo.
As máquinas pesadas – dois guindastes e um portamartelo – que serão usadas nessa fase foram instaladas sobre uma balsa, onde são soldados os tubos de ferro que compõem as duas grandes estacas metálicas de 18 metros de comprimento, a serem fincadas no fundo do rio para escorar a ponte. As estacas metálicas serão enterradas a uma profundidade de 15 metros. Os 3 metros restantes ficarão acima da superfície, servindo de base para cada pilar provisório de escoramento. Como esses pilares alcançarão uma altura de 20 metros, sua sustentação será reforçada por tirantes de aço presos ao solo, em linha diagonal.
Segundo Paulo Brígido, engenheiro responsável pela empresa que faz a recuperação da ponte, foi necessária uma grande mobilização desde os primeiros dias de maio: duas balsas foram usadas para fazer o transporte dos equipamentos até o município de Moju. “Dois guindastes, de 50 e 30 toneladas, já estão no local para que após a soldagem dos tubos, possibilitem a colocação das peças metálicas e em seguida, seja feita a cravação dos tubos que servirão de reforço. Os primeiros procedimentos são importantes para que tudo ocorra de forma segura”, explicou.
Na próxima segunda-feira (19) será concluído o projeto executivo, consolidando todo o planejamento. A previsão é de que no prazo de 45 dias após o escoramento seja concluída a segunda etapa, que corresponde à retirada dos escombros com a estrutura estabilizada.
Começará, então, a recuperação propriamente dita, com a construção de um novo pilar definitivo e a restauração da pista. “É um trabalho de longa duração, porque exige uma logística especial e um cuidado minucioso com a segurança da obra e dos operários envolvidos”, observa o engenheiro civil Jorge Siqueira Andrade, encarregado pela Setran da fiscalização dos trabalhos, acompanhado pelos engenheiros Paulo Barroso e Paulo Brígido.
Até lá, a tráfego permanece interditado nesse perímetro da Alça Viária, sendo a travessia de veículos feita gratuitamente por meio de três balsas operadas em regime de revezamento. A maior tem capacidade para 50 veículos grandes e as menores suportam 40 carros grandes e pequenos. Equipes da Setran, Detran, Defesa Civil, Bombeiros e Polícia Militar estão a postos para orientação e atendimento dos motoristas. Segundo o agente Edilson Biá Viana, do Detran, todo dia cerca de 4 mil veículos, em média, cruzam o Rio Moju sobre as balsas.

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