sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Mulher usava os próprios filhos como 'olheiros'

Mulher usava os próprios filhos como 'olheiros' (Foto: Paulo Queiroz/Diário do Pará)
(Foto: Paulo Queiroz/Diário do Pará)
A Polícia Civil, através da Superintendência do Salgado e Núcleo de Apoio a Investigação (NAI), prendeu na tarde de ontem em Castanhal, nordeste paraense, uma mulher acusada de vender cocaína e limãozinho. A suspeita confessou que traficava para sustentar os filhos menores de idade, e por isso, os colocava para vigiar a rua e avisar quando a polícia se aproximasse.
Patrícia de Sousa Travassos, 33, foi presa no local conhecido por “Beco do Índio”, localizado no bairro do Pirapora. A suspeita passou a ser investigada depois de uma denúncia anônima feita pelos moradores da área, onde afirmaram que a suspeita estaria colocando os filhos, menores de idade, para servirem como olheiros do tráfico. As crianças ficavam em pontos estratégicos e eram encarregadas de avisar a mãe caso a polícia se aproximasse. “Com certeza ela estava colocando os próprios filhos, duas crianças para ficarem vigiando o beco. Isso é um absurdo, porque com o tráfico de drogas não se brinca. Traficante paga a dívida para traficante com a vida, e ela colocou os filhos em situação de extremo risco”, desabafou o Superintendente da Zona do Salgado, Delegado Luiz Xavier.
Com a chegada da Polícia Civil não deu tempo dos filhos avisarem a mãe, pois os investigadores foram estratégicos e invadiram o “Beco do Índio” por pontos estratégicos. “Sabíamos que o local é conhecido pelo consumo e venda de entorpecentes, e que com certeza alguém estaria em local privilegiado para avisar aos traficantes caso a polícia chegasse ao local. Mas já fizemos algumas prisões naquele local, e por isso hoje (ontem) resolvemos seguir por caminhos diferentes e surpreendemos essa traficante com uma grande quantidade de droga, pois parte do entorpecente ela já tinha vendido”, disse Luiz Xavier.
A Polícia Civil apreendeu com a acusada um tablete prensado de maconha e 26 petecas de limãozinho, maconha considerada mais forte. Além de dinheiro provenientes do tráfico de drogas. “Conseguimos dar o flagrante através da denúncia anônima. Na casa dela encontramos o limãozinho O dinheiro representa e comprova o tráfico que ela fazia no local, visto que todo o valor está trocado em notas de R$ 10 e 20”, contou Xavier.
Patrícia de Sousa confessou que era dona da droga e disse que passou a vender maconha para sustentar os filhos. “Não tenho emprego, por isso estava vendendo para conseguir um dinheiro a mais. Quero dar o melhor para os meus filhos”, disse.
Patrícia de Sousa foi transferida para o presídio feminino em Ananindeua, onde está a disposição da justiça.
(Diário do Pará)

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