terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Romário confirma que será candidato ao Senado

O deputado federal Romário (PSB-RJ) confirmou nesta segunda-feira a sua candidatura ao Senado nas eleições de outubro. Em entrevista ao GLOBO, o ex-craque disse ainda que o partido não deverá lançar candidatura própria ao governo do Rio. Ele, no entanto, não sabe em qual coligação o PSB fará parte. Estão na briga pela presença do baixinho na chapa os pré-candidatos ao governo do Rio Lindbergh Farias (PT), Anthony Garotinho (PR) e Miro Teixeira (PROS).
- Como senador, eu acho que, especificamente para o Rio, vou ter a oportunidade de fazer coisas mais concretas, mais diretas e mais pontuais - justificou o parlamentar.
Eleito pela primeira vez em 2010 com 146.859 votos, Romário mostra confiança na disputa:
'Tenho certeza que vou ganhar. Com muita fé.'
Em agosto do ano passado, o deputado chegou a anunciar a saída do PSB argumentando não ter espaço dentro do partido e sem apoio de dirigentes, entre eles o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional da legenda e pré-candidato à Presidência. Romário, porém, recuou depois de quase se filiar ao PR, do deputado federal Anthony Garotinho, que pretende disputar o governo do Rio.
Leia a entrevista abaixo:
Você vai ser candidato ao Senado?
Na semana passada, eu tive uma conversa muito boa com presidente do partido, que é o Eduardo Campos. Como ficou combinado na minha volta (do recesso), a minha intenção, realmente, é ser candidato ao Senado.
Está confirmado então?
Exato.
Por que você tomou a decisão de disputar o Senado?
Eu acredito que, no Senado, terei a oportunidade de fazer um pouco mais pelo Rio de Janeiro. No meu mandato (de deputado federal), tenho feito bastante coisa para o Rio. Na verdade, para o Brasil. Como senador, eu acho que, especificamente para o Rio, vou ter a oportunidade de fazer coisas mais concretas, mais diretas e mais pontuais.
É uma eleição mais difícil. Tem apenas uma vaga.
É muito difícil, só tem uma vaga. Não sei quem vai disputar. Mas quando chegar mais próximo (das eleições), vou estar entre os três primeiros a despontar (nas pesquisas).
Não teme ficar sem mandato?
Não. Faz parte. É uma disputa. Mas tenho certeza que vou ganhar. Com muita fé.
Em qual coligação?
Conversei sobre isso também (com Eduardo Campos). Vamos fazer uma reunião com o diretório estadual do PSB. Para falar a verdade, neste ano, a gente ainda não conversou. Acredito que vamos deixar para depois do carnaval.
Os pré-candidatos ao governo do Rio Lindbergh Farias (PT), Anthony Garotinho (PR) e Miro Teixeira (PROS) disputam o seu apoio.
Existe, sim, essa possibilidade. Já foi conversado no ano passado quando falamos sobre a minha candidatura para o Senado. É uma situação que a gente tem que pensar para fazer uma coligação boa com PT ou PR para eleger deputados federais (do PSB). Eu, particularmente, tenho um grande respeito pelo Miro. Mas não posso te adiantar nada porque não há nada resolvido.
Com quais dos três você mais simpatiza?
A minha relação é muito boa com os três. Não é querer ser político não. Tenho uma relação muito boa com o Garotinho. Eu quase fui para o PR quando eu estava saindo do PSB. As conversas estavam bastante adiantadas. Tenho relação muito boa com o Lindbergh. De vez em quando, a gente está jantando em Brasília. O Miro, toda vez que nos encontramos, aprendo muita coisa com ele. Eu não posso dizer qual é a minha preferência. Mas eu vejo que o PSB tem uma quedinha pelo Miro Teixeira.
O PSB, então, não terá mesmo candidato próprio ao governo do Rio? É isso?
Em princípio, não. Acredito que não. Mas a gente nunca sabe. Temos falado sobre isso nas reuniões. Mas, em política, agora é uma coisa, uma hora depois já é outra.
Quais são os planos do Eduardo Campos para o Rio?
Ele não terá um palanque próprio. Mas, independentemente de coligação, com certeza, será o palanque que ele vai usar. Junto com a (ex-senadora) Marina (Silva), ele ficará mais popular. O Eduardo terá uma grande votação no Rio de Janeiro.

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